O continente africano é a principal região importadora de arroz. Nesta zona estratégica para o comércio mundial do cereal, a Índia desempenha um papel de destaque no atendimento às necessidades dos consumidores urbanos e rurais.
No mercado mundial do arroz, o continente africano continuará a ser um destino privilegiado para a produção indiana. Foi o que declarou à empresa de análise Platts, Mukesh Jain, presidente da Associação de Exportadores de Arroz de Chhattisgarh na Índia.
Enquanto, na região, a Nigéria pretende limitar as suas importações no âmbito do seu programa de autossuficiência, e recentemente no Senegal, as autoridades suspenderam em meados de novembro, por um mês, as compras para a gestão dos stocks locais de arroz, o responsável indica que estas diferentes evoluções não irão comprometer as perspectivas de crescimento das vendas para África.
“A África continuará a ser um mercado estável para a Índia. Alguns países, como a Nigéria, visam a autossuficiência, o que reduzirá as suas importações a longo prazo, mas esta mudança será gradual ao longo de 5 a 10 anos”, sublinha Mukesh Jain.
Estas declarações surgem num contexto em que a Índia prevê um volume recorde de arroz na época 2025/2026. Segundo cenários ambiciosos da Federação Indiana de Exportadores de Arroz (IREF), o país mais populoso do mundo poderá exportar até 30 milhões de toneladas do cereal, um nível recorde.
No âmbito deste objetivo, as autoridades indianas pretendem aumentar as suas vendas para África, num momento em que Indonésia e Filipinas suspenderam as suas importações. De acordo com dados da plataforma TradeMap, a Índia exportou em 2024 cerca de 9 milhões de toneladas de arroz para África, ou seja, quase metade das suas exportações totais no mundo, com um valor aproximado de 4,5 mil milhões de dólares.
Espoir Olodo













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