Perante um mercado de trabalho em que o desemprego jovem continua elevado e a procura por competências qualificadas não para de crescer, a Argélia tenta reforçar a formação profissional para melhor preparar os jovens para o emprego e a inovação.
O governo argelino lançou oficialmente, na quarta-feira, 17 de dezembro, uma rede nacional de 18 centros de excelência destinados a desenvolver competências e promover a inovação, em resposta aos desafios de integração dos jovens diplomados e à necessidade de mão-de-obra qualificada. Estas estruturas abrangem várias áreas consideradas estratégicas, como agroalimentar, têxtil, digital e mecânica, e foram concebidas para aproximar formação, indústria e emprego.
Segundo o secretário-geral do Ministério da Formação e do Ensino Profissional, Seddik Koudil, estas estruturas «beneficiam de atenção especial em termos de equipamentos e programas de formação, baseados numa abordagem pedagógica inovadora e numa parceria concreta com as empresas». O objetivo, acrescenta, é «garantir uma inserção suave dos diplomados no mercado de trabalho, permitindo ao mesmo tempo que os jovens acedam a uma formação de qualidade que lhes abra perspetivas de participação ativa no processo de desenvolvimento».
O responsável destaca ainda a intenção do governo de transformar estes estabelecimentos em plataformas verdadeiramente integradas, oferecendo aos jovens a oportunidade de desenvolver competências adaptadas às necessidades do mercado de trabalho e de estimular a inovação.
Esta iniciativa surge num contexto em que o mercado de trabalho jovem permanece particularmente difícil. Em 2024, a taxa de desemprego entre argelinos de 15 a 24 anos atingia cerca de 29,7%, muito acima da média mundial, apesar de uma ligeira descida recente, segundo dados do TheGlobalEconomy. Paralelamente, o Banco Mundial indica que, em 2024, 20% dos jovens desta faixa etária encontravam-se sem emprego, sem formação ou escolarização (NEET).
Félicien Houindo Lokossou













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