No Gana, o caju representa o segundo produto agrícola de exportação, depois do cacau. A questão do preço de compra aos produtores é uma das principais preocupações dos intervenientes da cadeia no início de cada campanha de comercialização.
No Gana, o preço mínimo de compra do quilo de castanha de caju crua junto dos produtores foi fixado em 12 cedis (1,04 dólares) para a campanha de 2025/2026. O anúncio foi feito num comunicado publicado na segunda-feira, 15 de dezembro, pela Autoridade de Desenvolvimento das Culturas Arbóreas (TCDA).
Este valor representa uma redução de 20 % face aos 15 cedis (1,3 dólares) praticados na campanha anterior. Embora as razões para esta queda não tenham sido especificadas, a TCDA esclarece que a decisão foi tomada de comum acordo com os diferentes intervenientes da cadeia (produtores, agregadores, comerciantes, exportadores e processadores), visando reforçar a concorrência no mercado interno.
«O preço baseia-se no preço atual de mercado, ou seja, Franco a Bordo (FOB), em referência a uma taxa de câmbio média de seis meses obtida junto do Banco do Gana, bem como noutros parâmetros operacionais e estatutários […] A TCDA irá monitorizar e rever regularmente o preço mínimo à porta da exploração em conformidade, para se adaptar às mudanças do mercado, garantir a estabilidade dos preços e a equidade na indústria do caju», sublinha o comunicado.
Até ao momento, não há previsão oficial de produção por parte da TCDA. Contudo, um relatório publicado em novembro último sobre o mercado de caju da África Ocidental, elaborado pelo analista e especialista internacional Jim Fitzpatrick, estima que a produção ganesa poderá situar-se entre 160 000 e 170 000 toneladas em 2025.
Estas projeções, que ainda carecem de confirmação, permitiriam ao Gana consolidar a sua posição como 5.º maior produtor de caju da África Ocidental, atrás da Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Nigéria e Benim, segundo o relatório.
Stéphanas Assocle













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