As saídas de investimentos diretos da África do Sul caíram para 21 bilhões de rands (1,25 bilhão de dólares) no terceiro trimestre de 2025, contra 73,5 bilhões de rands registrados no trimestre anterior. Esta informação provém dos dados do Banco de Reserva da África do Sul (SARB), publicados na segunda-feira, 15 de dezembro de 2025.
Segundo a instituição financeira, as saídas registradas devem-se principalmente à venda pela Anglo American, um grupo minerador, de sua última participação na Valterra Platinum Limited. No lado das entradas, observa-se um aumento dos investimentos estrangeiros na indústria do entretenimento, num contexto em que o grupo francês Canal+ assumiu o controle do transmissor sul-africano MultiChoice no terceiro trimestre.
Além disso, os investimentos de portfólio na África do Sul também diminuíram, registrando uma entrada de 40,7 bilhões de rands, contra 69,4 bilhões no trimestre anterior. “Os não residentes compraram 42,7 bilhões de rands em títulos de dívida no terceiro trimestre de 2025, contra 30,4 bilhões no segundo trimestre, enquanto venderam 2,1 bilhões de rands em ações, contra 39 bilhões em compras no mesmo período”, indica o SARB.
A aquisição de títulos de dívida nacionais por não residentes foi parcialmente compensada pela recompra de um título internacional de 2 bilhões de dólares pelo governo sul-africano no terceiro trimestre de 2025.
Tradicionalmente, os países europeus são investidores ativos na África do Sul (Reino Unido, Países Baixos, Bélgica, Alemanha e Luxemburgo), assim como os Estados Unidos, Japão, China e Austrália. A maior parte dos investimentos destina-se aos setores de finanças, mineração, indústria manufatureira, transportes e varejo.
A “nação arco-íris” continua sendo um centro de investimento atraente, com mercados de capitais bem regulados, uma posição estratégica para o comércio regional, pontos fortes nos setores industriais e um sistema jurídico sólido. No entanto, o país ainda enfrenta várias dificuldades, incluindo uma crise energética (cortes e interrupções de eletricidade), que constitui um obstáculo ao investimento, já que a falta de confiabilidade no fornecimento de energia impacta gravemente o crescimento econômico e continua sendo uma preocupação importante para os investidores. Soma-se a isso a escassez de mão de obra qualificada.
Lydie Mobio













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