A administração está na linha da frente da dinâmica de transformação digital em curso na Costa do Marfim. Esta transformação exige um quadro de governação capaz de estruturar as infraestruturas digitais, garantir a segurança dos dados e apoiar a evolução dos serviços públicos.
O Ministério da Economia, do Planeamento e do Desenvolvimento (MEPD) da Costa do Marfim dotou-se do Plano Diretor do Sistema de Informação (SDSI) 2026–2030, um quadro estratégico reformulado para modernizar as suas ferramentas digitais, reforçar a segurança dos dados e otimizar a gestão dos serviços públicos. O documento foi recentemente apresentado numa cerimónia oficial realizada em Abidjan.
«O Plano Diretor passa a ser um instrumento estratégico para reforçar a governação digital e melhorar a eficácia da ação pública. Esta apresentação, que reuniu cerca de quarenta participantes, abre caminho à implementação das ações previstas, com o objetivo de dotar o MEPD de um ambiente digital mais moderno, seguro e eficiente», declarou Yéo Nahoua, Diretor de Gabinete da ministra da Economia, Kaba Nialé.
A atual atualização do SDSI resulta de um trabalho de diagnóstico aprofundado conduzido pela Sociedade Nacional de Desenvolvimento Informático (SNDI), que evidenciou lacunas estruturais, tais como uma governação informática insuficientemente organizada, a multiplicidade de plataformas não interligadas, a obsolescência das infraestruturas e a fragilidade dos dispositivos de segurança.
Para responder a estes desafios, o plano assenta em quatro orientações principais: a profissionalização da função informática, a criação de uma rede integrada, a implementação de aplicações partilhadas e seguras, bem como a modernização das infraestruturas técnicas. O plano desdobra-se em seis programas e 44 projetos concretos, com um orçamento global de 10,156 mil milhões de FCFA (18 milhões de dólares).
Esta iniciativa insere-se num contexto nacional em que o digital constitui uma prioridade de desenvolvimento. Para 2026, o Ministério da Transição Digital e da Digitalização dispõe de um orçamento superior a 83,2 mil milhões de FCFA, representando um aumento de cerca de 37 % em relação a 2025, com vista a reforçar o desempenho digital e o acesso à conectividade em todo o território.
Estes financiamentos somam-se a investimentos anteriores que, em 2024, permitiram a implantação de mais de 33 000 km de fibra ótica, a entrada em funcionamento de plataformas de procedimentos administrativos desmaterializados e a melhoria da cobertura 4G em numerosas zonas rurais.
A implementação deste novo SDSI deverá promover uma governação digital mais estruturada e uma interligação reforçada dos sistemas. Deverá igualmente permitir acelerar a digitalização dos serviços públicos, reduzir os custos e os prazos de tratamento dos processos, reforçando simultaneamente a resiliência das infraestruturas face às ciberameaças.
Samira Njoya













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