O montante servirá para financiar o projeto de expansão da videovigilância. O objetivo é equipar as cidades camerunesas com um sistema destinado a combater de forma mais eficaz a insegurança.
Por decreto assinado na quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, o presidente do Camarões, Paul Biya (foto), autorizou o ministro da Economia, Planeamento e Ordenamento do Território a celebrar um acordo de financiamento com a China Citic Bank Corporation Ltd (CITIC Bank), filial de Shenzhen.
O acordo refere-se a um empréstimo comprador “Buyer Credit” no valor de 59,82 milhões de euros (70,13 milhões de dólares), destinado ao financiamento complementar do projeto de expansão a nível nacional do sistema de videovigilância urbana inteligente, um programa governamental que visa reforçar a segurança nas principais aglomerações do país.
Segundo o governo, este novo financiamento visa consolidar e expandir os dispositivos tecnológicos já implementados em algumas grandes cidades do país. O objetivo é melhorar a prevenção e repressão do crime, a gestão do trânsito rodoviário e a capacidade de intervenção das forças de segurança através de ferramentas digitais avançadas.
Este novo empréstimo dá continuidade aos financiamentos previamente mobilizados. Em dezembro de 2024, os Camarões já tinham obtido autorização para contrair um empréstimo de 50 milhões de euros junto do mesmo banco para o financiamento parcial do projeto. Antes disso, um financiamento de 46 mil milhões de FCFA (82,2 milhões de dólares) concedido pelo Bank of China permitiu realizar a primeira fase do projeto.
Esta fase inicial levou à instalação de 1 500 câmaras de videovigilância em várias cidades do país, bem como à aquisição de 2 000 postos emissores-receptores portáteis destinados às forças de segurança. As cidades abrangidas incluem as sedes das dez regiões dos Camarões, bem como localidades estratégicas como Kribi, onde se encontra o principal porto de águas profundas do país, Kyé-Ossi e Garoua-Boulaï, localizadas nas fronteiras com a Guiné Equatorial, o Gabão e a República Centro-Africana.
O projeto também se concentrou em zonas sensíveis da região do Extremo Norte, confrontada desde 2013 com ataques do grupo islâmico nigeriano Boko Haram.
SG













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